Esta sexta-feira foi dia de BD. Uma vez por mês (mais ou menos) dirijo-me à Kingpin of Comics (agora Kingpin Books) para levantar o meu carregamento habitual de banda desenhada.
Visto que em Agosto só lá passei a meio do mês, desta vez o carregamento foi mais reduzido, visto que só lá tinha encomendas de duas semanas.
E o que comprei foi:B.P.R.D.: 1947 #2
Argumento Mike Mignola e Joshua Dysart
Arte Gabriel Bá e Fábio Moon
As mini-séries do Bureau for Paranormal Research and Defense são sempre muito boas e frequentemente excelentes. E este 1947 não é excepção.
Para quem não sabe, o BPRD é a agência para a qual trabalha o Hellboy (já devem ter ouvido falar por causa dos filmes). Mas o HB raramente aparece nestes livros e a acção é centrada nas personagens "secundárias" do universo criado por Mike Mignola.
Esta mini-série específica é escrita pelo próprio Mignola e por Joshua Dysart, com arte dos irmãos Gabriel Bá e Fábio Moon. Estes dois desenhadores brasileiros são brilhantes e o seu estilo adequa-se na perfeição aos ambientes exigidos por esta história de fantasmas e vampiros em França no pós-Segunda Guerra Mundial.
Daredevil #500
Por uma catrefada de gente, incluindo Ed Brubaker e Andy Diggle
Agora a Marvel tem a mania de voltar à numeração antiga dos livros só para poderem lançar números comemorativos... Daredevil #500, Hulk# 600, Amazing Spider-Man#600, BláBlá #1000-e-o-raio-que-o-parta, e por aí fora. Na verdade, este deveria ser o número 120 da série actual (que começou a sair em 1998), mas enfim.
Passando por cima desse pormenor, este gigante de 100 páginas é na verdade muito bom. Toda a série tem sido bastante sólida ao longo dos últimos oito anos, quer nas mãos de Brian Michael Bendis, quer nas de Ed Brubaker, e este é sem dúvida um ponto alto.
Esta história vai sacudir bastante o status quo deste título. Bom, na verdade, este é um livro em que o status quo é sacudido com bastante regularidade.
Ah! É verdade. E tem um pequeno conto com desenhos do David Aja. Está vendido!
Promethea, Vol. 3
Argumento Alan Moore
Desenho J.H. Williams III
Esta série é, por vezes, demasiado estrambólica. Mas não deixa de ser interessante. Especialmente no que diz respeito às teorias sobre a relação entre a magia, a ficção, a realidade, o sexo e, bom, na verdade, o tudo. A ler isto, fico com a sensação de que o Alan Moore (um auto-intitulado "mago") está a falar directamente com o leitor em vez de contar uma história.
Outro ponto a favor é a arte fabulástica do J.H. Williams III. Este tipo faz magia com o lápis.
Squadron Supreme: Bright Shining Lights
Argumento Howard Chaykin
Desenho Marco Checchetto, Neil Edwards e Kevin Sharpe
Desde que o J. Michael Straczynski parou de escrever este título, a série tem vindo a piorar drasticamente.
Costumava ser uma história de intriga militar, política e social sobre os efeitos da presença de uma espécie de Super-Homem na sociedade moderna. Agora é mais uma daquelas coisas em que o número de personagens com super poderes aumenta de número para número, ao ponto de se tornar banal.
E, apesar das tentativas de Howard Chaykin, a intriga foi para as ortigas.
Para esquecer.
The Surrogates
Argumento Robert Venditti
Arte Brett Weldele
Uau! Desta não estava à espera. Esta é uma BD de ficção científica que está a ser transportada para o grande ecrã num filme com o Bruce Willis. Por isso mesmo, tenho-a evitado um pouco.
Mas, a conselho do Mário (dono da Kingpin), acabei por trazer o livro para casa e não me arrependi.
Mais um que vale a pena. Uma boa história policial inserida num ambiente SciFi que levanta algumas questões muito interessantes sobre a nossa preocupação constante com a beleza exterior e sobre os perigos da nossa crescente obsessão pela comunicação virtual... como este blog, por exemplo...
Uncanny X-Men #514
Argumento Matt Fraction
Desenho Terry Dodson
Não me lembro de quando foi a última vez que comprei um livro dos X-Men. As viagens no tempo, os clones, os triliões de personagens, as viagens no tempo e as viagens no tempo davam-me dores de cabeça. Não pela sua complexidade, mas pela sua perfeita e crescente estupidez.
Comprei este número porque faz parte de uma história que tem capítulos espalhados por vários livros - "Utopia", uma crossover entre os X-Men e os Dark Avengers - e, até agora, não tem sido nada de especial.
Nem boa, nem má.
Mais bleh do que outra coisa.
No entanto, este quarto capítulo surpreendeu-me. É verdade que não acontece grande coisa, mas é a primeira vez em anos que vejo um escritor a lidar com o Cyclops (líder dos X-Men) como deve ser. Finalmente, alguém mostra convincentemente que o Cyclops é um estratega excepcional. O homem tem um plano! Mal posso esperar para ver qual é.
...só espero que não estraguem tudo no próximo capítulo...
E pronto. Foi só.
Xi... Grande testamento.
Sem comentários:
Enviar um comentário