sábado, 1 de novembro de 2008

If you're going to San Francisco...

Estou em San Francisco a escrever num teclado sem acentos, o que me obriga a fazer contas para escrever palavras sem eles. Hm... mais complicado do que pensei. Palavras como "nao", "sao", "dificil", "cabeca" e "cagado" are out of the question.

Enfim. Por aqui o sol resolveu ficar escondido, bloqueado pelas nuvens. A olhar para cima, tudo cinzento. Mas, de resto, tudo bem.

Estou sem roaming no telefone e ainda tenho de inventar maneira de ficar contactavel (bolas, raio dos acentos!). Portanto, vou agora procurar uma loja que venda "tarjetas" de telefone e explorar um pouco a cidade.

Vou tentar deixar novidades no blog mais tarde.

Tijiei.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Rabiscos ao calhas #3


Há muito tempo atrás, numa galáxia longinqua... tive uma fase de fascínio por dragões. Li sobre dragões, coleccionei dragões, colei posters com dragões nas paredes do quarto e tentei desenhar dragões.

Como podem ver, os resultados foram mais ou menos o que se pode chamar um bocadinho absolutamente muito desastrosos.

Este foi feito em 1995, tinha eu 19 anos.

O problema é que, a partir de certa altura, toda a gente me dava coisas com e sobre dragões «para a tua colecção». Ao fim de uns anos, já quase não podia ver os bicharocos à minha frente.
Cheguei a receber tralha do Futebol Clube do Porto por causa da porcaria da mascote! Xiça!

Bom, entretanto a coisa acalmou e, passado uns anos, pude voltar gostar do tema sem ser inundado por coleccionáveis. Daí que, quando recomecei a (tentar) desenhar, voltei a tentar pegar no tema dragónico para ver no que dava. 


E o resultado foi este:


Ainda comecei com experiências no Photoshop, mas confesso que não tive paciência para ir até ao fim.

Seja como for, aqui fica uma versão inacabada.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Prazos

Às vezes gostava de conseguir ter a mesma atitude positiva que tinha o Douglas Adams em relação aos prazos de entrega de trabalho...
«I love deadlines. I like the whooshing sound they make as they fly by». - Douglas Adams
Para quem não sabe, o senhor em questão é autor da série de livros mais hilariante deste quadrante do universo: «The Hitchhikers Guide to the Galaxy». (Há quem defenda que a obra prima de Tinhuco Michãonurabu, intitulada «Sinfonía de Pum! e Blam! em plim maior» e publicada no planeta Triblectorim, é mais divertida, mas eu discordo).
O Douglas Adams é um daqueles que faz parte da lista «Tipos e tipas que se levantaram da mesa da vida sem pedir autorização». Morreu de ataque cardíaco aos 49 anos, em 2001, claramente demasiado cedo...
Parece que o Eoin Colfer (autor de livros juvenis de fantasia e comediante) está a escrever mais um volume do Hitchhiker's Guide, o que é estranho. Nunca imaginei outra pessoa a escrever coisas como:
«The story so far: In the beginning the Universe was created. This has made a lot of people very angry and has been widely regarded as a bad move».
ou
«A common mistake that people make when trying to design something completely foolproof is to underestimate the ingenuity of complete fools».
Enfim... esperar para ver.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Rabiscos ao Calhas #2

Antes que pensem que fiz «puf» e desapareci da face da terra, talvez seja boa ideia dar sinal de vida.

Tenho um monte de tópicos a remoerem-me o cérebro, mas preciso de tempo para os despejar no blogue. Vou tentar arranjar uma coisa dessas (tempo) durante o fim-de-semana.

Para já, fiquem com mais um rabisco ao calhas.

Um ET junto à cidade de Ablactarib, no planeta longínquo de Triblectorim (na língua original é absolutamente impronunciável).

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Rabiscos ao calhas

Depois de ter incluido o esboço do meu sonho no último post, lembrei-me que no blog anterior tinha começado a publicar com (alguma) regularidade o que chamei de "Rabiscos ao jantar".

Como expliquei na altura, sou um rabiscador compulsivo de toalhas de papel. Não resisto a escrevinhar gatafunhos na superficie branca das mesas dos restaurantes.

Grande parte das vezes (a maior, aliás) o resultado é pouco famoso, mas, de vez em quando, lá vão saíndo bonecadas minimamente aceitáveis.

Mas depois comecei a pensar que a ideia dos "Rabiscos ao jantar" era um pouco limitada. O que fazer aos rabiscos feitos durante o almoço (especialmente tendo em conta que almoço fora mais vezes do que janto)? E durante o pequeno-almoço ou lanche? E os feitos no meu caderno durante as reuniões de trabalho?

Por isso, desta vez resolvi adoptar o tema "Rabiscos ao calhas". Não só porque podem ter sido feitos em qualquer lado, mas também porque podem ter sido feitos em qualquer altura. Ou seja, vão aqui aparecer bonecadas de ontem, da semana passada, do mês passado ou de há vários anos.

Aqui fica um relativamente recente.

Feito durante o almoço, há algumas semanas atrás.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Sonho de uma cidade

Ora bem, voltemos então ao sonho.

Como vos disse antes, passei a noite toda a entrar e a sair de sonhos sem que tivesse tempo para me ajustar. Fechei os olhos e...

WHAM! KRAKAAAAA-POW! KRRRRPUUUM! Estou no meio de uma tempestade. A chuva cai torrencialmente através da noite e atinge-nos como um jacto de água. A única luz que temos é a dos relâmpagos que ocasionalmente rasgam o céu.

Olhando em redor, vejo que estou à entrada de uma gruta cujo interior está coberto em trevas. Não sei se está ocupada. Fico à espera de ouvir o rosnar de um animal selvagem, mas não consigo distinguir nada com o estrondo da chuva e da trovoada.

À minha volta está mais gente: dois homens e três mulheres que não reconheço. Todos estamos cobertos de lama da cabeça aos pés. Tudo está cinzento...

Poderá parecer o cenário ideal para um pesadelo, mas a verdade é que não estou com medo. Pelo contrário, estou excitado com a tempestade e o trabalho que temos pela frente.

Alguém grita:

- Então, Manel!? Toca a cavar como toda a gente!

Pondo as mãos à obra, agarro numa pá e enterro-a na lama. É espessa, mas ao mesmo tempo mole e fácil de deslocar, o que facilita a tarefa. De repente já sei o que temos de fazer (aliás, é como se sempre soubesse) e redobro os meus esforços. Estamos a tentar abrir caminho entre uma enorme poça de lama (quase se poderia chamar um lago) e um riacho que corta caminho pela terra mesmo ao lado da caverna.

Após algumas horas de muitas pasadas, finalmente conseguimos e a água escorre rapidamente para o riacho que entretanto já se tornou num pequeno rio de lama cinzenta e detritos variados - um frigorífico, um carrinho de supermercado, um saco de plástico com um peixinho dourado dentro de água, duas rodas de bicicleta, vários metros de arame, uma porta, etc.

Nisto, alguém olha para o horizonte e diz:


- Olhem ali. Uma cidade.

E no momento em que uma das mulheres aponta para longe, a chuva pára e as nuvens desaparecem. Continua a ser noite, mas agora estamos iluminados pela lua cheia.

- Aquilo não estava ali antes - Digo eu a olhar para um aglomerado de casas que cresce a olhos vistos junto ao sopé de uma cadeia montanhosa. Primeiro barracas, depois casas, prédios, palácios, torres, maiores e maiores e maiores e maiores...

- Se calhar montaram a cidade enquanto trabalhávamos. - Responde um dos meus companheiros.

- Três mil colonos em duas horas e meia? Não me parece. Que estranho.

Junto à montanha a cidade brilha. Mesmo sem distinguir as pessoas que por lá andam, vejo que tem movimento, que tem vida. Quero ir para lá... mas volto a acordar...

Quando estiver novamente a dormir vou tentar lá voltar.

Fiz um pequeno esboço da paisagem do meu sonho. Espero que gostem.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Noites mal dormidas...

Hoje dormi mal.

Sabem aquela sensação que se tem quando se está quase a adormecer ao volante? Primeiro não conseguimos evitar que as pálpebras cubram os olhos e, depois, acordamos com a sensação de estarmos a cair.

Foi mais ou menos isso que me aconteceu… mas ao contrário. Queria dormir, mas não conseguia.

Normalmente há uma fase de tranquilidade antes de se entrar no mundo dos sonhos. Pelo caminho passamos por um estágio em que ainda estamos cientes da realidade, mas esta começa a ser alterada pelo subconsciente e só depois é que começamos a aceitar tudo o que experienciamos como sendo concreto (mesmo os elefantes voadores, as portas com passagem para o outro lado do mundo, as flores a tocar didgeridoo e outros clássicos).

Esta noite a minha cabeça decidiu que não precisava de todos esses passos e escolheu fazer atalho. Bastava fechar os olhos e os meus sentidos eram de imediato abalroados. A passagem era de tal maneira repentina que acordei repetidamente de sobressalto, como se estive a cair.

Mas pelo meio ainda deu para ter alguns sonhos estruturados (ou algo parecido).

Um deles envolvia uma tentativa de acampar à porta de uma gruta num planeta de outro sistema solar, chuva, lama e uma cidade misteriosa a aparecer de um momento para o outro.

Conto-o mais tarde. Até logo.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Citação do dia

A dar uma vista de olhos pelo «Cão que comeu o livro», o blog de uma amiga que vale a pena espreitar, dei de caras com uma citação de Marx (o Groucho, não o Karl) que adoro e que tenho usado nas mais diversas situações:

«Outside of a dog a book is men's best friend, inside of a dog it's too dark to read».

Genial, não?

Por falar em Groucho Marx, aqui fica a minha citação do dia, pelo mesmo cavalheiro:

«Military intelligence is a contradiction in terms».

Está dito.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Abertura

Já se passaram dois anos, um mês e 25 dias desde que escrevi pela última vez no meu blog anterior (ou será blogue?)…

Tenho pensado muitas vezes em recomeçar, mas sempre que me sento em frente ao PC a minha atenção é desviada para outros assuntos. Não porque os assuntos sejam mais pertinentes ou persistentes, mas sim porque a minha cabeça é impertinente, desobediente e… bem… preguiçosa (de momento, não me ocorre um sinónimo acabado em “ente”).
Acho que o mais difícil é começar…
A experiência anterior teve os seus altos e baixos (mais altos que baixos) e acabou por ter um peso inesperado na minha vida. O blog foi peça fundamental de algumas escolhas que fiz na altura e ajudou-me a perceber muito sobre mim próprio e a minha relação com os outros. Não estava à espera, mas assim foi.

É engraçado o que nos apercebemos através da escrita. Pode ser fascinante, assustador, elucidativo, ou tudo ao mesmo tempo.

Enfim. Com o tempo fui-me desleixando até que simplesmente deixei de escrever no blog. Agora, estou aqui sentado, hesitante, a teclar algumas palavras na esperança de fazer com que a minha mente se deixe de merdas e acorde novamente.

Ainda pensei em começar este blog com um tema específico (cinema e BD), mas… bah!… Vai ser sobre o que me der na gana. Hei-de falar sobre cinema, BD, política, ciências, comida ou o raio que o parta (não necessariamente nesta ordem).





Até já.