Ocupas de São Lázaro - Protestos na Igreja dos Anjos

 Hoje, a caminho de casa, dei de caras com este cenário em frente à Igreja dos Anjos, na Almirante Reis.

Não sabia ainda nada sobre o que se tinha passado com os "ocupas" da Rua de São Lázaro, nem dos confrontos com a polícia que já tinham decorrido horas antes noutro local. De qualquer forma, o número de agentes policiais presentes e o equipamento que transportavam pareceu-me estranhamente excessivo.

 Parar controlar um protesto aparentemente pacífico, o dispositivo policial era composto por cerca de meia centena de agentes, quase tantos ou mesmo tantos quanto o número de manifestantes no local. Garanto-vos que não estou a exagerar. Mesmo de frente para a igreja contei cerca de 20 polícias totalmente equipados, com bastões, capacetes, escudos, armadura e... caçadeiras! Além deste grupo, encontravam-se mais duas dezenas de agentes nas ruas que sobem à esquerda e à direita da igreja, assim como vários outros espalhados pelo perímetro.

E no momento em que eu já estava de saída, novamente a pedalar pela Almirante Reis acima, chegou mais uma carrinha da PSP em grande velocidade.

Desde quando é que a polícia utiliza caçadeiras para "crowd control"?! Até acredito que estivessem carregadas com balas de borracha, mas a presença de armas de fogo numa manifestação pacífica é só por si um enorme abuso de força. Já para não falar de algo absolutamente absurdo.

Auto-retrato numa bolha, nº2 (ou "O homem que tinha uma cabeça enorme")

Era uma vez um homem que tinha uma cabeça enorme.

Para este cavalheiro macrocéfalo (sim, qualquer senhora do bairro confirmaria que era um "verdadeiro cavalheiro") um dia de trabalho era uma canseira (ainda mais do que para todas as outras pessoas, quero eu dizer). O pescoço do comum dos mortais não está preparado para aguentar tremendo peso durante tanto tempo e o Homem que Tinha uma Cabeça Enorme (daqui em diante referido como HoQTuCE) tinha a frequente necessidade de fazer pausas, comunicando aos colegas que "já volto. Vou só descansar a cabeça".

Ao longo dos anos, o HoQTuCE foi tentando vários métodos para reduzir o esforço necessário para suportar o seu crânio de proporções gigantescas: Primeiro experimentou colocar varas entaladas entre os ombros e as orelhas, mas rapidamente percebeu que não funcionava porque, além de incómodo, este sistema era altamente falível. As varas caíam sempre que alguém lhe fazia uma pergunta que implicasse acenar com a cabeça e isso resultava invariavelmente numa valente cabeçada. Entre esta e várias outras tentativas, o HoQTuCE chegou mesmo a experimentar inalar hélio para fazer a cabeça flutuar, mas isso só fez com que ficasse com a voz muito aguda e com que durante algumas semanas passasse a ser conhecido como "o agudo cabeçudo".

Mas o HoQTuCE não era senhor para desistir. Depois de muito trabalho e dedicação conseguiu convencer/chantagear o Presidente dos EUA e o director da NASA para que voltassem a activar (secretamente) o programa lunar e tornou-se o primeiro macrocéfalo a viajar no espaço.

Actualmente, o HoQTuCE vive tranquilamente numa base secreta na Lua onde passa os dias a ler e a ver filmes mudos com os seus cinco gatos (também eles os primeiros felinos astronautas).

Auto-retrato numa bolha

Entardecer em Lisboa, nº5

Mais uma que tirei enquanto esperava pelo autocarro no final de um dia de trabalho.

O que se vê na imagem é o reflexo da calçada e das minhas pernas no vidro da paragem de autocarro, com algumas pessoas sentadas do outro lado.

O olho da garrafa

Esta espécie de cara com um olho gigante é na verdade apenas a sombra de uma mão a segurar uma garrafa de plástico. No topo da foto podem ver um cantinho da tampa.

Tirei esta enquanto almoçava com uma amiga. Obrigado Tânia por disponibilizares a tua sombra para servir de modelo.

À volta com as nuvens

Vejo frequentemente estes ventiladores nos telhados das casas. Mas, até agora, não tinha tido oportunidade de estar tão próximo de um.

Este está no telhado de uma amiga em Oeiras. É um ventilador privilegiado, com vista para o mar à direita e para o Tejo à esquerda (se olharem com atenção podem ver o Forte de São Lourenço do Bugio nas margens da fotografia).

Gosto desta imagem por causa do reflexo das nuvens que só era perceptível quando à rotação era suficientemente rápida.

Cais do Sodré debaixo de terra

Até há muito pouco tempo nunca me tinha apercebido dos efeitos de luz incríveis que aparecem a certas horas do dia na estação do Cais do Sodré.

Talvez seja porque agora ando mais atento, à procura de pormenores interessantes para fotografar. Ou talvez seja apenas porque sou mesmo, mesmo, mesmo muito distraído.

Esta foi tirada no fundo das escadas da estação de metro.

Podem ver aqui outra que tirei também no Cais do Sodré com um efeito de luz semelhante.

Distorção espaço-temporal

Isto deve ser o que acontece quando alguém destapa o ralo da banheira do Universo.

Naturalmente, levanta-se a questão: O que estará do outro lado do cano?

Fotos da minha janela, nº32

Os pombos em Lisboa são uma praga e qualquer alfacinha que se preze sabe muito bem o verdadeiro significado da expressão "cagar de alto".

Mas como dizia o Jerry Seinfeld, "temos um acordo com os pombos: eles desviam-se dos nossos carros; nós deixamos passar a defecação das estátuas". É mais difícil de aceitar quando o alvo da referida defecação são os cocurutos das nossas cabeças ou a roupa acabadinha de lavar e posta a secar na corda.

Entardecer em Lisboa, nº4

Em frente ao Mosteiro dos Jerónimos enquanto esperava pelo autocarro.

Vai uma limonada?

Ups. Estou outra vez um bocadinho atrasado no blogue.

Ontem passei o dia a combater uma gripe provavelmente provocada pela mudança abrupta do frigorífico para a frigideira que se está a fazer sentir por todo o país. Ainda estou um bocado ranhoso (há com certeza quem argumente que sempre o fui, mas enfim), mas pelo menos já não me dói tudo, incluindo as unhas, as pestanas, as sobrancelhas e as pontas do cabelo. Por este caminho, amanhã já deverei conseguir respirar pelas duas narinas.

Entretanto, enquanto fritamos em lume brando, nada melhor do que uma bela limonada.

"Tira lá uma ao candeeiro"

Tirei esta foto por sugestão de um amigo, depois de um fantástico jantar no Cais do Sodré.

Amigo - Ó Manel, porque é que não tiras uma ao candeeiro?

Eu - Está bem.

'Click'

Eu - Já está.

Obrigado Tiago.

Agarrar o sol

Que saudades que eu tinha do sol.

Gosto muito de uns bons dias de chuva, mas não sou grande apreciador do frio ao qual estão habitualmente associados. Então depois do Abril invernoso que tivemos este ano, o sol não podia ser mais bem vindo.

Ao virar a cara para o céu, com os olhos fechados, parece-me que consigo por momentos habitar a mente de um homem primitivo e sentir a sua adoração e assombro pelo sol, numa altura em que nada estava explicado.

Mas mesmo hoje, numa altura em que quanto mais coisas são explicadas, mais coisas sem explicação são encontradas, é impossível ficar indiferente ao poder do astro rei: Uma imensa bola de fogo no vazio do espaço gelado, tão grande e tão quente que a sua influencia se faz sentir além do sistema solar, a uma distância superior a 100 Unidades Astronómicas. Ou seja, aproximadamente 15.000.000.000 kms, onde termina o ponto mais próximo da heliosfera.

Numa palavra: Uau!

Entardecer em Lisboa, nº3

No dia em que o calor voltou, tirei esta na estação do Cais do Sodré, pouco antes de o sol voltar a desaparecer atrás do horizonte.

Na esplanada, à espera do sol...

Coitadinhas das cadeiras de esplanada. Nestes longos períodos de chuva sentem-se mesmo deprimidas, com uma enorme sensação de vazio e inutilidade.

Mas não desesperem, cadeiras! O sol está a chegar. Daqui a nada estão a queixar-se de faltas de condições de trabalho por causa do calor.

Dias da Música em Belém, parte 6 (Partitura de Luz)

 Sei que não estou a cumprir à risca as minhas próprias regras para o blogue. Já passaram mais de três dias desde que tirei estas fotos...

 Mas as regras foram feitas para serem quebradas (especialmente as regras auto-impostas). Por isso, aqui fica a última dose de imagens dos Dias da Música em Belém 2012.

Estas foram tiradas na "Partitura de Luz", uma oficina coordenada por Francisco Pinheiro e Manon Marques, baseada no trabalho de pautas ilustradas da Cathy Berberian. Nesta oficina, os participantes utilizaram vários materiais para criar partituras de luz (como podem ver na foto final) que depois eram cantadas pela Manon.

Fantástico.

Dias da Música em Belém, parte 5 (Coros infantis, Pequeno Auditório)

Aqui fica a quinta parte da série de fotos que tirei nos Dias da Música em Belém.

Estas foram tiradas durante o espectáculo de Sábado, com os Meninos Cantores do Município da Trofa (na primeira foto) e o Coro Infantil da Universidade de Lisboa (nas restantes).

O CIUL está no Facebook, aqui. E os Meninos Catores da Trofa têm um blogue, aqui.

Dias da Música em Belém, parte 4 (Coros infantis, exterior)

 A convite da Fábrica das Artes, a Maestrina Erica Mandillo juntou quatro coros infantis para apresentarem quatro fantásticos espectáculos no CCB, durante os Dias da Música em Belém.

Nestes espectáculos participaram o Coro Infantil da Universidade de Lisboa, o Coro Infantil do Instituto Gregoriano, o Coro dos Pequenos Cantores do Conservatório Nacional e o coro dos Meninos Cantores do Município da Trofa.

No sábado à tarde, os quatro coros invadiram o espaço exterior do CCB e juntaram-se na Praça do Museu para uma apresentação incrível. Este foi sem dúvida um dos momentos altos do festival em termos de adesão do público, como podem ver pela última fotografia.

Dias da Música em Belém, parte 3 (Nana Nana)

"Nana Nana" é um espectáculo maravilhoso para bebés criado e interpretado por Fernando Mota e Carla Galvão.

Podem ver o trailer e mais informação aqui, no site do Fernando Mota.

E podem ver mais fotos dos Dias da Música aqui e aqui.

Dias da Música em Belém, parte 2 (Outra Voz)

Já chegou ao fim mais uma edição dos Dias da Música em Belém. Mesmo com a ameaça da crise, vários milhares de pessoas escolheram vir ao CCB para tirar proveito da fantástica programação, este ano dedicada ao tema "A Voz Humana - O canto através dos tempos".

Ao longo dos próximos dias vou publicar aqui algumas das imagens que tirei durante o fim-de-semana do evento. Hoje ficam com fotos do espectáculo "Outra Voz... Noutra Capital".

O Outra Voz é um coro dirigido por Suzana Ralha e constituído por quase duzentas pessoas do concelho de Guimarães, muitas delas sem formação musical.